Thursday, June 22, 2006

Estava à toa na vida

E acabei vem a maioria desses jogos da copa do mundo de futebol na Alemanha. Divertido, pode-se dizer que é divertido acompanhar os jogos sem essa flama nacionalista que se tenta incutir aqui no país - e nos outros países também. Vejo o futebol pelo futebol, sem me importar com o adversário, preocupado só com o espetáculo.

Faço isso porque não acredito no valor intrinseco dessa copa do mundo. Qual o valor dela? Prova o quê? Que somos melhores do que alguém no futebol? Sim... mas e daí? Dai nada, não é mesmo. Ser primeiro no futebol tem tanta importância quanto ser primeiro no tênis de mesa, no ping-pong, no futebol de botão, enfim, não tem importância nenhuma.

Como eu disse, não que nós ou os outros países não atribuam importância a isso. A inflexível (?) França quase veio abaixo quando ganhou a copa de 1998. Eu não me importo, para mim tanto faz como tanto fez.

Wednesday, June 14, 2006

Janelas vazias

Pois as janelas ficaram vazias na hora do jogo, todos estavam dentros das casas, concentrados para a partida inaugural da seleção. Interessante notar o nível de envolvimento da nossa gente com o futebol. Dizem que os outros povos também são assim. Acredito, basta lembrar dos franceses enlouquecidos com a conquista do Campeonato Mundial de Futebol em 1998. Qualquer disputa "entre nações" aflora os sentimentos nacionalistas, onde "ganhar dos outros é algo importante, fundamental".

Eu acho que nós somos exagerados em algumas coisas. Somos passionais, mas nos interessamos só por algumas coisas, para as outras não damos pelota. Não é só o futebol, onde somos considerados o "país do futebol", mas no samba, no carnaval, nas novelas. Não temos a mesma, nem mesmo a metade do interesse, quando está em jogo os nossos destinos políticos, as coisas que efetivamente mudam a nossa vida.

Todos preocupados com os craques milionários do futebol, com os astros milionários das novelas, ou com os cantores. Todos pobres, paupérrimos, todos juntandos seus míseros reais para comprar o ingresso, ajudar a escola de samba - chegamos a associar o termo "escola" à música! -, comprar o cd, tornando mais milionários os milionários. Coisa de brasileiro, não há como mudar...